Que poeta!
Que poeta, diz-me tu, que poeta poderia (quem ousaria?) competir com a poesia de teus lábios — nos meus. Ana, Quintana, Pessoa, Leminski? Clarice, Maurice, Rodin, Kandinski? Que poeta poderia? Que poeta comporia um verso como o anverso de tua língua na minha? Quem escreveria um opúsculo intenso como o ósculo com que me presenteias na escuridão, no silêncio, no deleite tout entiers?