quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Um carta...
Em defesa de um língua que não que ser defendida
As rimas ficaram pobres
Ou simplesmente mais simples
Não sei se nos agradecem
Ou se nos entristecem
Terminam todas em “ir”
Em “er” e “or”, no “ar”
Todas na falta do perfeito
Na grandeza do defeito
A esquerda do devir
Na dubiedade do estar
Ah, pobres rimas ricas
Na sarjeta da língua vulgar
Ao léu da fala popular
Estarrecida, esquecida,
Culta, oculta, insulta
Prepotência obstinada
Não mais irei
Eu vou ir
Não mais sorrirei
Eu vou sorrir
E tu? Tu não existirás mais
Você vai existir
Estes problemas
Viram esses, esse,
Ou aquele, não sei
Não sei se isso a entristece
Ou se isso alegra ela
Talvez estejamos – não, estejamos não
Talvez a gente esteja lutando em uma batalha vencida
Talvez em prol de uma causa perdida
Talvez, talvez, mais uma vez...
Em defesa de um língua que não que ser defendida
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Um comentário:
Qro ser que nem tu qnd eu crescer *--* Mandou mt bem!
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