sexta-feira, 16 de julho de 2010

Em rimas pobres,

O cobre arrimas


O que ata consome
O que não some mata

Fato ao paladar
Dar ao olfato

O que é não há
E há o que não é

Bebe do que escorre
E corre do que sede

A sede do viver
Em reviver a sede

O que fica não vê
O que prevê bestifica

Esquisito é o ser
Esquecer o requisito

Conversa em prosa
Prostra a inversa

Versa e também prova
Reprova e vice-versa

Não há tato para o teto
Há arquiteto para o contato

Fala-se aqui e ali
Embala-se Dali em croqui

Quem quer o que?
Veste o teste deste?
Leste este apreste?
Que queres quê?

Respiras o aroma
E Roma espirras

Exalas as várias faces
Em disfarces exilas

Medos em pequenos potes
Em lotes de arremedos

Cansativo em diálogo
Análogo para tal altivo

Num fim comum
Dum afim desjejum

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