segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um quase-soneto III:


Sr. Soi & as sombras gigantes

As sombras de cimento,
tão quentes à pele & tão frias n’alma,
uivam com o vento

Que outrora me acovardava por seu sibilo melancólico
& agora me melancoliza pela formas covardes que contorna
amiúde, fazendo do papel um encontro catabólico:
pensamentos infames, ares secos & vista morna

Um fragmento de papel,
fragmento de ser do-ente de calma,
rabisca o que resta de céu

Que outrora foi negro cintilando minha ínfima & infinita finitude,
como brilho raro de diamante,
agora some pela soberba de minha espécie, que se ilude
que em algo, senão em mentira, é gigante

...fadando-se ao mesmo & a curti-lo




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