Duas ilhas
Pela janela em movimento
Eu via
Emergir uma ilha que ia
Verdejando meu olhar lento
Enquanto rasgava o cerúleo do horizonte;
Bem no encontro de planos
Celestes e mundanos
– Um víride monte!
No último banco
Emergia
Outra ilha que prendia
Meu olhar franco
Com seus sublimes enleios:
Uma alva pele,
Que alvejava meu coração que a tudo repele,
E belos seios.
De repente,
Sem emergir,
Sem devenir
– A cidade!
O verdejar foi traduzido em bloco cinza de linhas e navalhas
A cortar a carne da minha vista e a quadricular-me em migalhas;
Os seios, desfeitos,
Agora são peitos
O alvo agora é branco:
Uma pálida questão de gênero e de cor restou no banco.
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