quinta-feira, 30 de junho de 2016

ali


na garrafa

dou um trago,
deixo-o escorrer pela garganta.

deslizo outro gole
e a garrafa volta pender ao lado de meu corpo.

trago-a novamente próximo a meu rosto
porém não bebo,
ela me bebe,
embebedo-me,
embriaga-me
no aromaque flutua
sereno, doce e intenso
traçando leves ondulações
no gargá-lo da garrafa;
é teu perfume que baila ali
e junto faz dançar meus sentidos.

oh bacante!
leva-me no arfar deste cheiro
de rosas e âmbar que por um instante
faz-me extasiar por  inteiro...

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