Um dia qualquer no inferno
Nessa terra de cegos
Por vezes fui concertado
Anjos caídos, deuses falecidos
Cadáveres surdos-mudos
Fica-se distante dos próprios atos
Pensamentos que nunca foram testados
Vejo meu eu morrer a cada dia
Mas guardo e aguardo os fantasmas
As cicatrizes dos sentimentos profundos
Das batalhas de pólos incertos
Nessa vida sem sentido
De corações feridos
O ouro compra tudo,
Das angústias aos direitos
Os dias passam deixando marcado
O tédio nos lábios – Calados!
Vejo nos olhos canibalismo humano
Todo o ódio desse mundo imundo
A autodestruição das mentes
Enforcando-se com as correntes
Exército de cérebros mortos
Valores e desejos vãos
Energia que se gasta
Sem qualquer paixão
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