domingo, 12 de julho de 2009

Um cântico sobre...

Um dia qualquer no inferno

Nessa terra de cegos
Por vezes fui concertado
Anjos caídos, deuses falecidos
Cadáveres surdos-mudos

Fica-se distante dos próprios atos
Pensamentos que nunca foram testados

Vejo meu eu morrer a cada dia
Mas guardo e aguardo os fantasmas

As cicatrizes dos sentimentos profundos
Das batalhas de pólos incertos

Nessa vida sem sentido
De corações feridos
O ouro compra tudo,
Das angústias aos direitos

Os dias passam deixando marcado
O tédio nos lábios – Calados!

Vejo nos olhos canibalismo humano
Todo o ódio desse mundo imundo

A autodestruição das mentes
Enforcando-se com as correntes

Exército de cérebros mortos
Valores e desejos vãos
Energia que se gasta
Sem qualquer paixão

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