Deito-me no cais, vem-me o conflito
Se o tempo não tem tempo, se o tempo é infinito
Como se tem tão pouco tempo?
Como se perde ou se ganha tempo?
Como ele escapa se há tempo aos montes?
Se ele não é sólido, como com ele se constroem pontes?
Como com ele se apaga as dores?
Como nele se criam as cores?
Como o tempo acaba se não tem começo?
Como se vende se não tem preço?
Será que o tempo não tem pó?
Será que ele vê a ave só?
Será que ele vê o avesso?
Ou será que de tempo careço?
Nenhum comentário:
Postar um comentário