Minha vida fede
meu humor pede
mas o tempo, o tempo não cede
Em meio à sebe
não há quem saiba
não há que responda
não há, não há, não, não há
não pode haver
algo que apraza o meu ser
meu ser em brasa
Minha vida fede
minha alma tem sede
mas estou enleado, enleado em rede
Em meio à sebe
meu ânimo foge
meu ânimo em fogo
queima, arde, consome-se e consome-se
até reconhecer
nas fuligens do meu ser
o vazio das origens
O ente que se desperta,
não quer mais voltar a ser
não quer mais voltar-se ao ser
ele aconselha que se esqueça
O ente que se esquece
quer fugir da angústia que é
quer fugir da angústia ao não que é
assim percuti a prece
Assim segue-se o lamento
segue-se o desencanto
aos prantos
Assim perpetua-se o desatino
perpetuas-se o fino
som do sino
Em sentenças eu temo
eu falho, eu sou
Em símbolos eu morro
eu corro, me vou
Aos choros em coro o fim.
O gosto do nada em mim.
Um comentário:
vou te adicionar no meu mano.
abraços.
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