Apolos & Apologias
I. Apologias que apodrecem
Golpes de línguas afiadas que cortam as faces
Desferindo & ferindo em sequências edaces
Golpes que nos rouba a paz
& tudo que eu soube dizer foram desculpas & mais desculpas
II. Vísceras que aparecem
& o asco que me toma & no interior emaranha,
Pulula & resultar em intenso golfo,
Onde ponho para fora minha entranha
Em suas minúcias & seu mofo
III. Ascos que crescem
& mesmo a cria destas entranhas fétidas me enoja
& mesmo o sepulcro dela me enoja
& mesmo o mesmo me enjoa
IV. Fins que arrefecem
Então o que aprendi a fazer é prometer
& o que promete remete a mentir outra vez
& o remendo pode não mais suportar
& a cicatriz pode não mais sarar...
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