quarta-feira, 29 de setembro de 2010

À luz de...

Apolos & Apologias

I. Apologias que apodrecem

Golpes de línguas afiadas que cortam as faces
Desferindo & ferindo em sequências edaces
Golpes que nos rouba a paz
& tudo que eu soube dizer foram desculpas & mais desculpas

II. Vísceras que aparecem

& o asco que me toma & no interior emaranha,
Pulula & resultar em intenso golfo,
Onde ponho para fora minha entranha
Em suas minúcias & seu mofo

III. Ascos que crescem

& mesmo a cria destas entranhas fétidas me enoja
& mesmo o sepulcro dela me enoja
& mesmo o mesmo me enjoa

IV. Fins que arrefecem

Então o que aprendi a fazer é prometer
& o que promete remete a mentir outra vez
& o remendo pode não mais suportar
& a cicatriz pode não mais sarar...
...
..
.

Um comentário:

Augusto Barros disse...

Adorei. Bastante artístico o diálogo textos-imagens. Gostei!