Coração enforcado
Sentimentos que atravessam feito bala
Um peito aberto por uma sincera fala
Um temor que envolve as mãos
Lia os pés, atravessa a garganta & enforca o coração
Fazendo lágrimas fluírem em direção a utopias circulares
Entre a falta de sisos e pré-molares
Martelos que golpeiam os cravos de amores e rancores
Num complexo de tensões & dores
Procelas de prosas ácidas & versos violentos
Olhares corrosivos & vidas em sucessivos cruzamentos
Entre fluxos rápidos, intensos erros, incontínuos conjuntos
& Incontidos conjuros desconjuntos
Uma situação localizada
Que descentraliza as reações
Põe obra despaginada
Em uma rede de relações
E tudo o que se quer não é monotonia
Oscila, sim, duma poligamia de sensações
A um prisma de indecisões em policotomia
Uma justa nobre de errantes dos corações
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