domingo, 17 de julho de 2011

Uma ária entitulada:

Um canto heróico quebrado

Por um cisto no peito
Eu cisco na minha alma
Busco, em mim, pelo leito
Em que te encontro salva
Lugar em que se agite
Centelhas de memória
Um risco sem limite
Sem telha ou divisória

Em que o vazio verte
E, então, “amo-te!”
É mais que uma sentença
Pois tornas-te presença

Movendo-me a uma dança,
De onírica sonata,
A qual nunca me cansa
Ou na face aclimata
As lágrimas que correm
Levando em si a saúdade
Dos que sozinhos morrem
Nesta imensa cidade

Da turba solitária
Que em toda sua área
Distribui, em matizes,
Tais corpos infelizes

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