terça-feira, 17 de abril de 2012

Difíceis peripécias dum...


Coração nômade

Ah, como é difícil
Abandonar todo um edifício
Construído tão sozinho!

Ah, como é dolorido
Apagar todo um colorido
Para pintar outro caminho!

Ah, como é duro
Arrancar no sólido escuro
As raízes do azevinho!

Ah, amor que não quer deixar
A deixa, que não quer chegar,
Deixa ir esse canarinho!

Pois, coração nômade não faz ninho...


2 comentários:

André Procópio disse...

ah como é complicado para nós a imagem do nômade. Como pedem residência, como desejamos a residência fixa. A ideia de ir para terras estrangeiras e lá morrer, muitas vezes soa macabra. Desejamos morrer e viver numa mesma terra toda vida, feito Kant.

Anônimo disse...

...Feito Kant que "elogiou" os nômades...