domingo, 14 de abril de 2013

Correios de Nietzsche...

Carta a um inimigo


Olá,

Não é normal que eu lhe escreva, ainda mais para falar disto, porém gostaria de saber se você tem com quem falar sobre coisas pessoais. Alguém com quem desabafar? Imagino que Charles seja, para você, essa pessoa tão importante. Você tem conversado com ele?

Perdão, sei que é muito estranho estar lhe escrevendo esta carta, mas é que você tem andado tão distraído, meio impaciente e indeciso. Confuso como se você passasse por um conflito, algo grande e/ou profundo, que lhe tem tornado improdutivo. Como se houvesse sugado sua criatividade, dispersando sua mente, magoando-o e talvez até lhe oprimindo-o e reprimindo o brilho dos seus olhos, impedindo-os de cintilar (eu sei que um dia eles já foram estrelas) e fazendo-os doer, eu diria.

Bom, talvez tudo isto seja bobagem minha, sabemos das minhas paranoias e esquizofrenias, todavia, penso que seja válido deixá-lo ciente disto.

Com carinho,
Augusto


P.S.: Dizem que o mar cura este tipo de coisa. Quem sabe seja uma boa ideia visitar o mar. 



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