A Sirene
Oh, Sirene! Oh serena Sirene!
Lúbrica, desviaste meu leme
com estes belos olhos de mar
pelos quais fui me apaixonar
Rondaste minha nau enquanto te observava
e cria domá-la. Mas eu nada comandava!
Enfeitiçado, deixaste-me à minha agonia
Partiste! E fiquei companheiro da taquicardia
dum jovem navegante coração partido.
O qual quedou, sofrido, tão sofrido,
à espera duma deixa, numa cena
– Ah serena, tão serena! –
em qu’eu pudesse um sorriso a ti dar
Oh Sirene, amante deste Narciso do mar!