sábado, 4 de abril de 2015

Dou-vos:



Soneto das primeiras inspirações



Desde a primeira inspiração,
Nesta terra vil de vampiros,
Até meus últimos suspiros,
Que um dia esvaziar-me-ão

Mesmo o mais delicado alvéolo
Pulmonar, tudo isto, bem sei,
– pois certo como diva lei! –
Um dia há de regressar a Éolo.

E nesta linha pelas Moiras tecida,
Os ares que a mim vêm
E os que de mim se vão

Ventos vulníficos da viçosa vida,
Que não falam do além,
Digo, sempre serão!
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