sexta-feira, 3 de abril de 2015

Luz, Câmera,...





Aceleração



No leito de morte,
Deleito-me com toda sorte,
Que me surgem num golpe forte,

De memórias
E de devaneios
E de viagens e histórias
Que se aceleram, sem freios,

Até alcançarem a velocidade do real puro,
Até que eu só possa dizer que sou isto,
Nada mais do que isto: o visto,
O deleite, as memórias, o calor, o escuro.

O visto com os olhos da mão:
Aquilo que é um sim, então,
Mesmo quando se diz não.

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