sábado, 30 de abril de 2016

Outros versos...

Maríntimos

II

Velejo
Em meu próprio mar,
Seu fundo não vejo,
Ainda assim, tomo ar
E mergulho
Em seu suave
E doce murmulho;
Sigo em minha nave
Para onde quer que o vento aponte
Mesmo sem ver o que há
Depois do horizonte;
Bem para lá
Navego,
Perco-me e não nego;
Comigo carrego
Apenas um cego
E sincero desejo
De velejar e, então, velejo.



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