Tua terra tem clausuras,
onde chora o sabiá;
as aves, que aqui corvejam,
já não auguram o que virá.
A ensimesmar-me, sozinho à noite,
já nenhum prazer busco eu cá;
tua terra tem clausuras,
onde chora o Sabiá.
Bem sei dos desprimores
que tais não encontro eu cá;
coleirinhos, sabiás-laranjeiras
e tico-ticos no fubá
que já não têm palmeiras
sobre as quais pousar por lá.
Em cismar — sozinho, à noite —
com o bendito sabiá,
já nem a pega que amei
alenta-me agora cá.
Não permita o Caos que morra,
sem que um dia eu piose lá;
sem que possa o trinca-ferro,
— onde chora o sabiá —
bem-fadar por onde erro
no asilo que, oxalá, me chegará.
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