aleaiactaest
Não controlo minha vida
mas o tento
porque não há outra
porque não me resta senão a liberdade amarga de encenar decisões sobre mim
Iludo-me nesse jogo
entre escolher o que visto e a refeição que compro
entre andar a pé ou dormir de cansaço
entre chorar de tristeza hoje ou adoecer de ansiedade amanhã
Não controlo minha vida
– o dado foi lançado –
mas o tento
porque é a sina que me cabe
Por que
então
haveríamos de tentar controlar as vidas uns dos outros
e chamar esse ato
às vezes de direito ou justiça
ora de destino
e não raro de amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário