Main-d'œuvre esclave et le sueur de la plante comme les parfums
& se teus braços não mais são de carne
& se tu não eis mais um todo – eis fragmento
& se a tua miséria lhe é dada como encarne
& se tua vida lhe é consumida a cada momento
É porque estais na modernidade
& se não te pertence o fruto do teu labor
& se não te parece tua autonomia o sumo
& se já podes até mesmo comprar amor
& se teus desejos são objetos de consumo
É porque compartilhas minha realidade
& se não há mais revolta contra a fome
& se não importa que se morra de fome
& se há censura ao pensares em quem passa fome
& se só a humilhação pode saciar tua fome
É porque estais no Capitalismo
& se não mais podes criar nova singularidade
& se não há coisa que não possa ser vendida
& se tens de adequar-te a uma identidade
& se tudo é incluído ao consumo, sem saída
É porque o que te cerca é consumismo
& se tu hierarquizaste todo o teu ser
& se tu compras até mesmo teus valores
& se te tornastes fragmentos irreconciliáveis
& se o suor escravo é tão perfume quanto as flores
É porque estais na nossa bela modernidade
& se tua resistência sofre um processo fagocitário
& se tudo isto de algum passa a te perturbar
É porque meu tormento não é solitário
É porque sofres do mesmo mal-estar
Um comentário:
isso pode virar música!
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