quarta-feira, 4 de maio de 2016

dissincronia somática


crônicas dum corpo em refazimento

meu olho farto enchiam o prato
para o estômago de um coração ansioso,
um comedor nato,
mas agora eu tinha o estômago
de um coração doído.
do prato ansioso
não pude dar conta,
tive de deixar algo ali:
a sobra
duma falta,
duma perda
que no fundo é ganho,
pois nada se perde,
nada se gera,
tudo se transforma...



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