segunda-feira, 16 de maio de 2016

Nous sommes faibles

Ob.ser.vo

Grades grossas de metal
ou espessas portas de madeira
[apenas uma janela mínima
 permite acessar o exterior
 em doses psicopáticas]
encerram em cubículos
com menos de três metros quadrados
corpos dopados,
corpos adoecidos,
corpos (des)moralizados.
Cubículos recheados
com latrinas fétidas,
[porta de saída de
 dejetos e rejeitos,
 porta de entrada de
 ratos e baratas]
com o cheiro do vaso,
com camas pífias, parcas e poídas,
com paredes plenas de um branco asséptico,
que falam de uma paz que é pura violência.
Diante deste cenário,
no qual não duraríamos um dia,
no qual eles passam uma vida,
percebo: nós somos (os) fracos.


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