je suis une ruine
Lutando contra a gravidade,
A cultura me ergueu
Cidadão, homem, razoável.
Equilíbrio delicado
De matérias pesadas.
Mas meus avós,
Meus pais e mestres
Não venceram esta guerra.
A natureza, impiedosa e brincalhona,
Derrubou as peças empilhadas.
As paixões
- dores, alegrias
misérias e agonias
glórias e extasias -
Arrancaram os tijolos de sentimentos
De sua firme argamassa de certezas.
Às tragédias e venturas
- ad venture -
Não resta homem,
Não resta eu,
Resto resto.
Eu sou uma ruína.
Nenhum comentário:
Postar um comentário