segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Na impossibilidade de (re)começar,

Repito

Dou-te estes versos para logo de volta os tomar,
Para exigir outra vez o presente que precisei dar-te.
Destarte,
O fiz para poder começar
E tu és sempre um bom motivo para recomeçar. Assim,
Meus começos em ti são quase sem fim,
Feito as ondas de meu oceano, a banhar-te.
Destarte,
O faço para que, plantada a semente em tão fértil solo, logo torne-se palavra e estes versos desabrochem e sem pudor tomo esta flor nas mão, arfo a roubar teu perfume, ter-te em um átimo de memória e, assim, partir deixando-te (n)um ponto final.


P.S.: ponto final este que sempre pode ser prolongado em reticências...


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