Sensações & perfumes
Numa noite silenciosa, onde o ar parece imperceptível, a música, epilética, embala as sensações. Numa atmosfera perfeita os pensamentos caminham em silêncio, um silêncio belo em harmonia com a noite
Ali, sentado, numa simples cadeira ele trouxe o braço até próximo do nariz.
Fechou os olhos & inalou, profundamente.
Farejou & rastreou por resquícios do perfume.
Desceu cheirando o braço em direção à mão.
Alcançou as pontas dos dedos.
Estavam lá! Os resquícios – do perfume!
O perfume profundo, intenso feito vida, abrasante feio amor, que queima sem ter medo & consome sem pudor.
Tamanha a sede pela fragrância, tamanho desejo de sanar a ânsia, fê-lo drenar cada grama do deleite até se apagar da pele & restar apenas em sua memória sua efêmera memória de centímetros de sentimentos & sentidos.
Em busca de novos toques que capturem moléculas que configurem a sanidade em outro corpo, que devolvam a si a calma, que devolvam a inteireza à alma.
Desejou-se, então, amoral & imoral.
Criminoso marginal louco & devorador.
Desejou toques múltiplos & orgasmos suaves.
Desejou beijos espasmódicos & sinestésicos,
Ensejou novas experiências, mas só em sua mente.
Em sua mente outra vez ensejou louco amor.
Amor bandido banal insano & criminal.
Amor livre leve loucamente novo, que relembrasse & proporcionasse sensações.
Causando aprazer além do toque, um prazer do perfume no ardume do viver experienciar & arriscar.
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