segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Je me demande très vite:

Est-que tu m'habites ? 

Eis que tu me habitas
E à noite,
Quando chego em casa,
Só,
Sei:
Tu me habitas.

Quando deito-me sobre a cama,
Só,
Sei:
Tu me habitas.
 
Quando sonho - contigo, comigo,
Com outro mundo possível-,
Só,
Sei:
Tu me habitas.

Quando mergulho em mim,
E vivo esse festim
Aqui dentro,
Só,
Sei:
Tu me habitas.

Quando acordo, suado,
Atordoado, torto,
Com os lençóis trançados em meu corpo
Nu,
Só,
Sei:
Tu me habitas.

Quando a água do banho
Rompe o silêncio adormecido,
Massageia meus ombros endurecidos,
Quando tento despertar,
Só,
Sei:
Tu me habitas.

E saio de casa,
Talvez após meia fatia de pão,
Talvez após comer alguma fruta madura
- ou ainda meio verde -;
E saio de casa a tua procura,
Pois,
Só,
Sei:
Tu me habitas.

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