Viagem
Agora que este eclipse te levou de mim
Tenho de jazer sobre a terra vagabundo;
E tão desventurado quanto moribundo,
À conta de teus doces lábios de carmim,
Digo a ti com ar assaz pesado e profundo:
Prefiro ter indolor e rápido fim
A ficar como um miserável volatim
Titubeando, sem tua alma, neste mundo.
Teu beijo tão afável, oh minha amada Lua,
Este ser descarnou de toda vida digna.
És tanto anjo quanto criatura maligna!
E para pôr fim a chaga da falta tua,
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