terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ein krummer Nagel hielt fest:

[Nicht in die Flamme schauen!]
 

A luz ofusca a visão,
troca-se as palavras tamanha a indecisão
Não há muita certeza
nem palpites para o que pretendiam-se ver lá
Tanta intensidade não des-vela
e sim re-vela
Um joguete
com as chamas de um foguete
No fundo, não há explicação do porquê
e/ou do que
Ao menos a olhos nus
aos vislumbrares crus
Tudo um engano mórbido
profundo e sórdido
mas por isso, deves tu, adotar o lema:
“não olhes para as chamas”?
Aí que te enganas,
enganas como os olhos de quem ama
e desse anelo mortal
o erro capital
está em deixar-se levar
para evitar o cegar,
está em preferir seguir
o que, no fundo, é outro cego quem diz
À luz disso,
prefiro o meu juízo,
mesmo que cego,
do que seguir a placa, ao prego
presa, escrita em letras garrafais:




- Não olhes para as chamas, jamais!


[5]