terça-feira, 26 de setembro de 2017

Flor será

     ensejar.

Seja como flor,
                 Florescerá...


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Das poesias roubadas com amor

[sem título]

O azul do céu
esconde o universo.
Teu sorriso,
o inverso.


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

não fosse...

quase

é quase impossível
acreditar em certas memórias.                     
não estivessem gravadas na pela,
entranhadas na carne,
diria que não foram.


partido

meu


parti
        do
meu
        cor
            ação 
ainda não
                parto


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Aurora

Ton sourire

Teu sorriso,
ainda que fosse tema de mil poemas meus,
não se esgotaria.

Teu sorriso,
fosse ele percorrido em mil versos meus,
ainda me sorriria
            — brotar-me-ia uma aurora n'alma.


( : )

tua graça

tua graça,
doce Alice,
faz-me rir
(de minha própria tolice).




Animal

Rosa

Teu perfume, rosa, é tal
que me faz faltar o ar,
faz dançar, cantar, regozijar...
Teu perfume, rosa, é animal!



Matheus compreenderia?

Pro(a)fanar

"Nem só de pão viverá o homem"
  Em fim pude entender a frase,
  Mas numa profanidade vinda quase
                             — do abdômen!





Se ela...

Suspiro

Ah, se ela soubesse
Ah, se ela soubesse!
Ainda que alguém
     mo dissesse
     eu duvidaria
     que ela já sabia
Ainda que alguém
     se me opusesse
     eu repetiria:
Ah, se ela soubesse!



domingo, 3 de setembro de 2017

Haikaos

XVII

Procissão vidente
no pequeno de repente
faz um sonho sempre

Haikaos

XVI

Se o caos incomoda
tais corpos pela manhã
lá eu estarei

Haikaos

XV

No momento em que um
coração desintegrou-se
lá eu estarei

Haikaos

XIV

E tocando harpa
na medida em que comovo
lá eu estarei

Haikaos

XIII

E desde o momento
em que minha harpa incomoda
lá eu estarei

Haikaos

XII

Tecido solúvel
probleminhas idiotas
na manhã perdida

Haikaos

XI

Lábios seriam amor
se soubessem com torpor
mãos pra repousar

sábado, 2 de setembro de 2017

Ah,

Que poeta!

Que poeta, diz-me tu, que poeta poderia (quem ousaria?) competir com a poesia de teus lábios — nos meus. Ana, Quintana, Pessoa, Leminski? Clarice, Maurice, Rodin, Kandinski? Que poeta poderia? Que poeta comporia um verso como o anverso de tua língua na minha? Quem escreveria um opúsculo intenso como o ósculo com que me presenteias na escuridão, no silêncio, no deleite tout entiers?


Nota

Das memórias inexauríveis

Em minha carne, as memórias inexauríveis de nosso encontro. E se me esforço em olvidá-las, é na pueril tentativa de fazer dos encontros vindouros uma nova primeira vez...


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Olho

EST RES MAGNA TACERE

Olhos nos olhos
Nada a declamar...